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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Rio Pinheiros – Hitória

Rio Pinheiros



O rio Pinheiros é um rio brasileiro do estado de São Paulo, famoso nacionalmente por cortar a cidade de São Paulo.
O Rio Pinheiros nasce do encontro do rio Guarapiranga com o rio Grande, e deságua no rio Tietê.
Na cidade de São Paulo, é margeado pela via expressa Marginal Pinheiros, que junto com a Marginal Tietê, compõe o principal sistema viário da cidade (estima-se que 70% do fluxo total de veículos passem por uma das duas marginais diariamente).



História


Nos tempos coloniais, o rio Pinheiros foi chamado de Jurubatuba, que em tupi significa “lugar com muitas palmeiras jerivás“.



Formação do Pinheiros, à direita, no encontro do rio Grande à esquerda, com o rio Guarapiranga no centro.

Passou a ser chamado de rio Pinheiros pelos jesuítas, em 1560, quando eles criaram um aldeamento indígena de nome Pinheiros. Foi chamado assim por causa da grande quantidade de araucárias (ou pinheiro-do-brasil) que cobriam a região. O principal caminho que dava acesso à aldeia era o Caminho de Pinheiros, que hoje é a Rua da Consolação.

Aos poucos, com a construção de pontes que permitiam a sua travessia, as margens do rio foram sendo ocupadas. O bandeirante Fernão Dias Pais Leme tornou-se proprietário de terras na margem direita do rio Pinheiros. Na margem direita do rio, havia o Forte Emboaçava, para proteger a vila de São Paulo de Piratininga dos ataques indígenas, que à época eram constantes.

No início do século XX, a paisagem em torno do rio começou a transformar-se em função das novas levas de imigrantes, principalmente italianos e japoneses, que vieram se instalar às margens do rio.

Marginal Pinheiros, via expressa que margeia o rio.



A partir da década de 1920, foram iniciadas as obras de retificação do rio Pinheiros. O objetivo destas obras era acabar com as inundações, canalizar as águas e direcioná-las para a Represa Billings, invertendo o sentido das águas, com a usina elevatória da Traição. Com isso, foram criadas condições para a instalação da Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, que recebia água do rio Tietê pelo rio Pinheiros e pela Billings, aproveitando o grande desnível da Serra do Mar, de mais de 700 metros, para gerar energia elétrica. O rio Pinheiros pode ser encaminhado no sentido mais conveniente, bastando desligar o bombeamento da usina de Traição e abrir uma barragem a jusante no rio Tietê para ele voltar a correr no curso natural. As obras de retificação, junto com a construção de vias expressas de tráfego, isolaram o rio Pinheiros do convívio com a população, antes mesmo de suas águas estarem contaminadas pela poluição.



Problemas ambientais
Ocupação urbana nas margens do rio Pinheiros.


Atualmente, o rio Pinheiros recebe efluentes de 290 indústrias e dejetos de 400 mil famílias, despejados nele a partir de vários afluentes, como o Córrego Pirajussara.

Existem projetos e obras de implantação de coletores-tronco e interceptores por parte da Sabesp, que coletariam o esgoto dos bairros e lindeiros ao rio, enviando-as para tratamento em Barueri, garantindo e prometendo a sua recuperação e a volta de alguns tipos de peixes e plantas em suas águas.

Além da construção de coletores-tronco, são estudados outros processos de despoluição adicionais que podem ser usados no rio, como a flotação e a dragagem.



Capivaras na USP, próximo à Marginal Pinheiros. Muitas outras, além de diversas espécies de animais vivem ao longo do rio. Uma esperança para a salvação do Pinheiros.

Entre os projetos de recuperação do rio, destaca-se o “Projeto Pomar”, iniciativa de plantar flores e árvores frutíferas nas margens do rio, transformando suas margens em um jardim de 14 km de extensão com espécies nativas. O Projeto Pomar é uma iniciativa conjunta da governo estadual em parceria com onze empresas privadas. As primeiras iniciativas surgiram em 1999, com a cobertura paisagística da margem esquerda do rio.

Sabe-se que a vida tem resistido a toda a degradação do rio. Capivaras, gaviões, quero-quero, garças africanas, cobras, ratões do banhado e até um jacaré sobrevivem ao longo do Pinheiros, aumentando as esperanças de salvação do rio, futuramente.

O gasto com a despoluição do rio Pinheiros inicialmente deverá custar algo em torno de U$S 100 milhões(dólares), conforme dados obtidos no site oficial do Governo do Estado de São Paulo.

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